28 de abril de 2011

Politicagem


Bom gente, eu vou "politizar" um pouco o blog daqui para frente. Eu tentei evitar alguns assuntos desde o começo (como futebol, religião e política) por acreditar que são coisas muito particulares e porque eu nunca me interessei por futebol. Mas, voltando ao assunto, eu descobri hoje durante a minha caminhada noturna com a minha amiga morta-viva (sim, eu tenho uma amiga zumbi e ela sabe quem é) descobri que eu ando reprimindo as minhas opiniões sobre tudo que está acontecendo por aí e isso é totalmente desnecessário. Eu tenho um blog, ora bolas, e é justamente para isso que ele existe. Só peço a todos que entendam que mesmo que eu pesquise e leia, eu não vi muita coisa acontecendo, por isso, posso falar alguma besteira. Críticas e correções são muito bem-vindas.
Então vamos começar. Nas últimas semanas é recorrente o debate sobre as revoltas nos países africanos cujo povo tenta destronar tiranos que estão no poder a décadas. O mundo todo voltou os olhos para essa área que normalmente é deixada de lado porque todos estão desejando um futuro diferente para os futuros governos.
No tão chamado "oriente", que para mim é uma nomenclatura tão antiga, todas as esperanças estão na luta do povo por uma democracia e que as eleições que já estão marcadas ocorram calmamente. Mas todos sabem que no fundo eles desejam governantes que não tenham ódio de países com os EUA. Ditadores não foram tão criticados enquanto apoiassem tais países, tudo que eles não querem é outro Irã em uma área que, com tanto petróleo, não pode ser perdida.
Pelo outro lado estão as forças muçulmanas que, depois do golpe que deu certo no Irã e que continua até hoje com Mahmoud Ahmadinejad, descobriram que gostam bastante do poder e por isso estão tentando estender seu controle para outros países e impor a sua religião e seus costumes (como a burca obrigatória e o açoitamento público) a todos.
De minha parte eu também espero a democracia. Não para agradar os europeus ou os EUA mas sim porque eu acredito que só em uma democracia a liberdade de pensamento de fato ocorre. Eu não concordo com a burca mas concordo menos ainda com a lei que o presidente Sarkozy que proíbe que as mulheres usem a burca em locais públicos. Ele trocou a repressão religiosa por uma política e só comprou uma briga desnecessária. No mundo de hoje que todos dizem ser tão globalizado me surpreende o fato que as pessoas continuam tão intolerantes. Eu li, no outro dia, uma matéria na revista "Galileu" que falava de um estudo que mostrava o quanto errar é humano. Por que será que as pessoas radicais, de qualquer lugar ou religião do mundo, acham que, não apenas estão sempre certas, como todo o resto está errado? Para mim, nesse caso, não existe certo ou errado. Cada um é livre para viver como achar melhor, respeitando sempre o espaço do próximo. Religião, orientação sexual, nacionalidade, é uma coisa pessoal que não é da conta de ninguém. Só gostaria que o ser humano se tornasse um pouco mais tolerante e pensasse no bem estar do outro, não apenas no próprio bolso.

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