30 de março de 2010

Gravidez na adolescência


Durante a minha adolescência eu tive três amigas que tiveram filhos. A Q. e a A. tiveram meninas e a J. teve um menino, o C. a J. que eu conheço desde a infância.
A J. foi morar com o pai do bebê, o G. Eles nunca se casaram na lei mas vivem como casados numa cidade pequena, de 20 mil habitantes apenas.
De uns 6 meses para cá a coisa desandou.
Desde traições e desleixo, entre outras coisas como violência, a J. está decidindo ir embora. O problema é que ela teme pelo filho. Acha que ele vai sentir falta do pai mas ela tem que saber que a responsabilidade de dar um jeito para ver o bebê é dele não dela. Ela não consegue se concentrar nos estudos para terminar o ensino médio e muito menos para estudar para o vestibular.
Mas agora ela decidiu que vai sair de casa. Estudar para dar um futuro melhor para ela e para o filho, com casa própria e um bom emprego. Ela vai rumar para uma vida melhor por ela mesma, independentemente de marido, namorado ou familía.
Ela vai construir um futuro para os dois com as próprias pernas, dando um exemplo que todas as adolescentes com filhos deveriam seguir, porque ao contrário do que muitas pensam, não houve fim para nada, apenas o nascimento de uma nova vida.

29 de março de 2010

As modelos Plus Size


Nas últimas décadas o mundo têm deixado de lado os diferentes.
O mundo da moda lançou um padrão de beleza que se restringe a modelos magras, quase esqueléticas, que não devem ver chocolates em anos com cabelos lindos e lisos. Entre outras exigências.
Mas parece que esse padrão não agrada a todos. Não apenas as mulheres que por vários motivos não conseguem alcançar o peso que elas consideram ideal (seja pela estrutura óssea, por fatores genéticos, etc) mas também aos homens.
Quem assistiu ao filme Thick Madam (não consigo lembrar a tradução) com a atriz Mo'Nique vê que as diferenças culturais também ditam o que é belo. Como o doutor Tunde que ama a "gordinha" pelo que ela é, mesmo quando ela própria não acredita que pode ser amada.
Mas agora estamos tendo uma revanche no mundo da moda por parte dessas mulheres.
As modelos plus size estão se tornando cada vez mais comuns e desejsadas. Estão sendo, inclusive, convidadas a posar para revistas masculinas. Mostrando ao mundo que já estamos fartos de só valorizarem as modelos magras.
Eu apoio 100% essas mulheres. Por terem confiança que muitas adolescentes magricelas não tem e mostrando para o mundo como a própria Mo'Nique diz no filme: "nós não tem problema de peso, vocês é que tem problema com o quanto nós pesamos."

28 de março de 2010

O dominador ser humano


Através dos séculos o ser humano obteve diversos avanços na ciência em diversos campos como: arquitetura, medicina, computação, entre muitos. Muitos cientistas enfrentaram a realidade de seu tempo e foram contra tudo e todos para sustentar suas descobertas. Seu maior exemplo é Da Vinci.
O homem se julga o ser superior que subjugou todas as outras espécies e sua curiosidade não tem limites. Queremos saber o que há no espaço nas outras galáxias, tentamos construir submarinos mais resistentes para que possamos ir cada vez mais fundo nos oceanos, queremos ir ao centro da terra e também descobrir as leis que controlam tudo que existe, como na tentativa da Teoria das Cordas.
Mas o ser humano esquece de sua insignificância. Se esquece que é só o planeta "ficar de TPM" que desastres como os Tsunamis na Ásia e na África ou então os terremotos no Haiti ocorrem; sim porque não foram um mas mais de dez nos dias que se seguiram, só que em menor escala.
Hoje com o problema de superlotação nas megacidades existem várias idéias para "esvaziar" esses grandes centros. No programa do Discovery Channel, "Engenharia Extrema", num dos espisódios retrata como em Amsterdã, na Alemanha, eles pretendem construir viaturas por baixos dos canais da cidade devido a finura das ruas da cidade e um projeto de cidade subterrânea na cidade de Chicago, nos EUA.
Quando eu assisti o programa em que um dos cientitas do projeto diz que, nos dias de hoje, não há nada que nós não possamos fazer, eu me assustei. Essa confiança dos cientistas é realmente algo que eu não entendo. Claro que ele se referia as tecnologias na área de construção mas a idéia é a mesma.
Eu acredito que a curiosidade do ser humano deve ser estimulada mas com muito cuidado e que as descobertas devem ser divididas com todos mas o ser humano ainda não chegou a esse estágio. Ainda somos por demais egoístas e gocêntricos.
Devemos lembrar que todos os estudos e pesquisas tem custos e que existem lugares no mundo em que mesmo hoje em dia, com toda a tecnologia que nós temos pessoas morrem de fome e sede.
Sei que a curiosidade humana é algo que não se pode mudar mas deveríamos gastar mais tempo e esforços ajudando esses países, não com doações de comidas e roupas apenas pois devemos não apenas "dar o peixe, mas ensinar a pescar".

27 de março de 2010

Caso Isabella


O caso Isabella Nardoni foi um dos maiores casos de 2008. O Brasil inteiro ficou chocado com a possibilidade de que um pai teria jogado sua própria filha, de 5 anos de idade, da janela do sexto andar do prédio aonde moravam.
A perícia brasileira mostrou um trabalho muito bem feito e elaborado, como quando provou que as marcas da rede na camiseta usada pelo pai, Alexandre Nardoni, não poderiam aparecer se ele somente se colocasse para ver a menina já lá embaixo, somente em uma posição específica e com um peso minímo nos braços de 25kg e no uso de dois agentes para comprovar que era sangue humano no carro e não beterranas ou algo do tipo.
Mas o julgamento também expôs comportamentos inadequados em dois momentos diferentes.
Primeiramente, a delegada responsável pelo caso, Renata Helena da Silva Pontes, na hora de seu depoimento jamais deveria ter dito que “Tive 100% de certeza absoluta da autoria dos dois neste crime de homicídio”. Ela deveria ser imparcial, dizendo que as provas davam quase certeza dos culpados mas com essa declaração ela colocou todo o seu depoimento sob suspeita de ser tendencioso, já que ela poderia ter procurado e encaixado as provas para que eles fossem culpados, nem sequer vendo se poderia haver qualquer outra possibilidade.
Também houve falha no caso do juiz Maurício Fossen quando ele interrompeu os jurados no quarto voto favorável a condenação. Ele alegou que queria garantir o sigilo dos votos dos jurados. A partir do momento que um jurado entra no caso é seu dever dar seu voto. Além de não termos certeza da unanimidade do caso, ele passou seu limite quando impediu que os outros jurados desse seu veredicto.
Apesar de toda a comoção do público e do Brasil diante da condenação não devemos tirar da mente da possibilidade do recurso da defesa e que eles podem ganhar a liberdade.
Torçamos para que a justiça que foi feita se mantenha e que eles cumpram a pena por inteiro, pagando pelo crime que cometeram.

26 de março de 2010

O próximo passo: o Vestibular


No ano do vestibular milhares de estudantes de todo o Brasil se descobrem numa encruzilhada. Tendo que descobrir aos dezoito anos o que quer fazer para o resto da vida.
Como podemos decidir o que queremos fazer daqui a quarenta anos? E aí entram em consideração os motivos... O que levar em conta? Os pais? O salário? A facilidade de acesso ao curso? Os gostos pessoais? Os sonhos de infância?
Sinceramente, é um dos anos mais stressantes da vida de alguém. Temos a pressão dos pais, da família , dos professores, dos amigos, enfim, de todos os conhecidos.
Fora o terror que põe falando de como a faculdade é diferente, o professor não quer saber de você, que você tem que descobrir as matérias, tirar xerox, se virar.
Mas essa também é uma das maiores provas do nosso caminho rumo a vida adulta. É também um grande teste para sua força pois mesmo que não se passe de primeira (o que é comum com cursos como medicina, direito e jornalismo, dependendo da faculdade cada uma tem um curso mais concorrido) não se pode desistir.
A vida tem muitas barreiras e o vestibular é só a primeira delas. Não se pode desistir diante a perda de um cargo de estágio, de emprego, de mestrado, de nada. Devemos seguir em frente de cabeça erguida.
Mesmo quando, por exemplo, erremos de curso. Quantas pessoas tentam, passam, não gostam e tentam de novo? Eu já vi o E., que já está na terceira tentativa. Ele continuou e tentou achar o que seria o "concurso perfeito", mesmo com pessoas dizendo que ele era maluco ele seguiu em frente.
Então, para todos que estão prestando ou irão prestar vestibular esse ano, boa sorte e, principalmente, FORÇA.
Força para as massantes horas diárias gastas em estudos, em treino em provas de diversas faculdades, na hora da escolha de que curso tentar, nos momentos em que a família te cerca e pede resultados e nos momentos em que a pressão é tão grande que faz você questionar se tudo vale a pena. Acredite, vale a pena, porque depois você tem o sentimento de dever cumprido, quando você perceber que conseguiu dar o próximo passo no caminho para a vida adulta, um passo que a maioria da população jovem brasileira não consegue dar.
Vá, e faça a diferença.

25 de março de 2010

Enfrentando a Morte


A Época dessa semana trouxe uma matéria muito interessante, mostrando as diferentes reações do ser humano a morte, uma coisa que vem acontecendo desde que o mundo existe mas sempre nos pega desprevenidos.
Quando eu li aquela matéria me lembrei de uma história que aconteceu comigo e decidi que seria o tema da minha postagem de hoje.
Quando eu estava na 8º série do colégio S. eu estudava no turno da tarde. Em meados de abril, mais ou menos, uma menina da manhã foi transferida para a nossa turma. Eu lembro da primeira vez que eu a vi, dava para ver que tinha algo com ela, algo diferente, lembro que eu própria tive preconceito com ela no primeiro momento que a vi, mesmo que por um momento. Tenho raiva de mim as vezes até hoje por causa disso mas ela nunca me julgou ou brigou comigo, mesmo quando eu lhe contei sobre isso.
Seu nome era Carolina. Estudamos todo o ano juntas e no grupo tinham mais duas meninas, a M. e a A. Enquanto estudavamos fui descobrindo uma realidade totalmente nova para minha, a realidade das pessoas com câncer.
Ela foi transferida para a nossa classe porque de manhã ela ficava cansada e não rendia, só fui entender depois o porquê. Sempre gostei de andar com as pessoas que não eram aceitas porque nunca gostei de ver ninguém sozinho, se eu fosse eu a novata, eu esperaria a mesma coisa.
Ela então me contou o porque da transferência, ela tinha câncer. Na verdade ela estava no 2º câncer, o primeiro foi em um dos ossos da perna, por isso ela teve que retirá-lo e andava com sandálias feitas sob medida para que ela não sentisse tanto a diferença ao andar. Só que, dessa vez, o câncer era no pulmão.
Lembro-me também no dia em que os professores vieram falar comigo me agradecer e parabenizar porque no turno da manhã ela não era tão aceita, ela andava sozinha. Naquele dia eu me revoltei, não contra os professores, mas contra os alunos. Vi que os alunos naquela idade já tinham preconceito e a afastavam por ser diferentes. Ignorantes, câncer não é transmissível para que exista esse distanciamento. Mesmo que fosse, poucas doenças são tão facilmente passadas, se fosse algo que apresentasse perigo ela não estaria na escola sem nenhuma proteção.
Lembro tão bem de vários momentos.. Quando descobri sua paixão por laranja e por livros, uma das coisas que nos uniu. Ela tinha muitos livros, e sempre me emprestava e trocavamos opnioes e idéias, sobre tudo. Lembro de quando ela me emprestou a coleção de Desventuras em Série com os irmãos Baudelaire e em cada edição havia uma dedicatória do seu pai dando força para o tratamento. Lembro até hoje como eu me senti abençoada por ela deixar que eu entrasse tão fundo em sua vida. Cada dedicatória me emocionava e do fundo do meu coração eu esperava que estava tudo bem. As vezes em que fui a sua casa e vi seu quarto, todo laranja, com um pouco dela em cada lugar. Livros, filmes, ela. Passamos a tarde vendo seriados no laptop e falando besteira. Conheci sua mãe, tão boa e gentil, seu irmão mais novo, bem naquela fase de videogames e bicicletas e sua irmãzinha, lembro de como ela olhava para ela, com tanto orgulho, com tanto amor. Lembro das tardes no shopping M. que não tinha absolutamente nada de bom, tirando a livraria L., para onde nós sempre íamos.
Lembro que perto do seu aniversário de 15 anos ela ficou curada do câncer no pulmão. Nossa, como nós comemoramos. Lembro da festa de 15 anos, acho que nunca me esqueceria. Ela tão feliz porque seu cabelo estava grande agora que a quimio tinha acabado, lembro que bebemos um pouco de cerveja e nos sintimos donas do mundo. Eu deitei na estrada na frente da sua casa olhando para o céu e pedindo que ela nunca se fosse, que eu a ouviria sempre grtitando por mim, não sempre para sair da rua, mas chamando por mim. Foi um dia muito especial.
Depois daquele ano, nos separamos. Eu fui para o V., a A. foi para o G. e a M. continuou no S. Mesmo assim eu tentava mantes contato, trocamos presentes de natal e conversavamos. Lá pela metade do 1° ano comecei a ficar receosa em ligar para ela. Sentia no fundo do meu peito que tinha algo errado. Quando eu ligava ela nunca estava e lembrava quando ela me disse que quando estava no hospital não falava para ninguém.
A última vez que eu a vi, eu lembro até hoje. O câncer no pulmão tinha voltado e estava mais forte. O tratamento estava deixando ela acabada e ela não podia sequer sair, pois não podia pegar sol. Isso foi em Julho.
No fim de semana depois do dia 06 de Novembro de 2007 foi o fim de tudo. Eu lembro perfeitamente. Eu estava saindo do banho quando ouvi o telefone tocando e minha mãe atendeu. Quando sai, ela estava me esperando na porta. Disse que a mãe da Carol tinha ligado e que ela estava muito mal no hospital. Mesmo hoje, choro quando lembro de quando liguei para uma amiga nossa, a A. que disse que foi o melhor, que ela estava sofrendo muito e entendi que minha mãe estava mentindo para mim. Ela não estava mal. Ela tinha morrido.
Lembro quanta raiva eu senti, da minha mãe por ter mentido, do mundo todo. Eu chorava e minha avó, que estava na minha casa, tentou me consolar falando de que era a hora dela, Deus a estava chamando. Eu fiquei com mais raiva ainda. Como chamar se ela era tão nova? Não viveu quase nada da vida!
Passei a semana chorando e tive mais uma grande decepção. A decisão da Carol era ser cremada então, haveria apenas a missa de 7º dia. Quando liguei para a M. e para a A. elas disseram que não iriam, como eu me senti só naquele momento.
Passei a semana toda chorando, pensando que não era justo, que ela era muito nova. As aulas? Totalmente deixadas de lado. Na missa eu me vi chorando mais forte do que nunca, e minha mãe sempre do meu lado me dando força.
Outro momento que eu nunca vou esquecer foi na saída da missa. Haviam familiares e amigos fazendo fila para falar com a mãe da Carol. Ela simplesmente virou as costas para todos e veio me abraçar. Aquele momento foi muito importante, eu vi que eu não estava só. Ela deixaria saudades em muita gente.
Quando fez um ano e dois anos eu liguei para mãe dela. Não sei porque, acho que eu precisava ter certeza que ela existiu, que eu não era a única a lembrar dela. Cada ano que passou a mãe dela parecia mais calma, acho que os dois filhos que estavam aqui a deram a motivação para ficar bem. Espero nunca perder contato com eles, para quando a irmãzinha dela crescer poder contar a ela que linda pessoa era a sua irmã.
Hoje eu não diria que eu superei a morte dela, pelo contrário. Pois superação quer dizer que eu segui em frente. Eu superei a dor mas nunca vou superar a saudade. Porque mesmo que o tempo passe, ela sempre vai ter o seu lugar no meu coração, então não, eu não quero superar, eu quero lembrar dos bons momentos, pois era assim que ela iria querer ser lembrada. Como a única que realmente amava ir a escola, que vivia cada dia intensamente, como uma das pessoas mais felizes que eu já conheci.
Então, não se prendam ao fato de que a pessoa se foi. Ela sempre estará aqui, enquanto houver uma única pessoa que se lembre.

Carol, eu te amo. Não importa onde você esteja, você está no meu coração.

24 de março de 2010

A resolução

Bom, decidi o que vou fazer com esse blog.
E dessa vez é para valer.
O blog vai funcionar assim, quase todos os dias eu vou postar algo, seja a minha opnião sobre um acontecimento no Brasil e no mundo, seja sobre um mangá/anime/livro/filme/cantor/banda/qualquer coisa que me pedirem ou que eu esteja inspirada. xD
Eu garanto que vou tentar meu máximo mas peço a todos que não sejam critícos demais porque eu sou apenas uma aspirante a jornalista. :3
Não tenho horário fixo para postagem porque esse ano meu horário vai ser uma loucura, mas eu vou dar um jeito.
Bom, por hoje é isso. Amanhã começarei as postagens.
Espero vê-los novamente.

Kissus,
Kiwii