16 de junho de 2011

Uma despedida diferente

O homem ao lado não é um louco que acha que pode pescar no cimento. Não, ele é um pai louco e dedicado. E isso é totalmente diferente.
O americano (para variar a loucura veio do hemisfério Norte) Dale Price, que mora em Utah, decidiu fazer diferente para receber o filho quando o mesmo chegasse da escola. A mais de 100 dias escolares ele recebe o filho fantasiado. Já foram princesas como Ariel, Bela e Branca de Neve, uniformes militares, chapeuzinho vermelho, Legolas, Gandalf e Frodo, Anakin Skywalker e a Princesa Leia, entre outras. A que eu escolhi para ilustrar o post de hoje é de quando ele finge ser um pescador esquimó que abriu um buraco no gelo para pescar.
Para todas as pessoas que acham que o filho (que tem 16 anos) se sentiria um pouco embaraçado o pai garante no blog ( http://waveatthebus.blogspot.com/ ) que ele nasceu com bom-humor no sangue e que os amigos também adoram.
Desde nova eu ia para o colégio de ônibus público. Quando descobri que lá nos EUA o ônibus é da escola e vem buscar em casa eu quis que importássemos isso, o que, infelizmente, não ocorreu. Mas garanto que, se um dia isso acontecesse, queria meu pai me esperando fantasiado, de cachorro de preferência, ele sabe por quê. Boa noite para todos aqueles que têm pais normais, como os meus.

14 de junho de 2011

O Fabuloso Destino de Amelie Poulain

Hoje eu vou escrever sobre um filme que me marcou bastante. Eu já tinha visto a capa desse DVD diversas vezes nas Lojas Americanas e o olhar da Audrey Tautou (que faz a própria Amelie Poulain) sempre me intrigou de uma forma muito parecida com a Mona Lisa. É aquele olhar de quem sabe um segredo que eu quero saber.
Fui assistir ao filme com curiosidade, mas acreditando não ser nada demais, era apenas o "dever de casa" do curso de francês. E fui surpreendida, coisa que adoro.
Eu nunca tinha assistido a um filme francês e o humor, as piadas, as sutilezas, tudo me encantou. É impressionante como podemos ser cegos! Eu, que era limitada a blockbusters americanos, tive os olhos abertos. Teve outro filme (mas esse meio americano, meio australiano), "Mary e Max- Uma amizade Diferente", que também sai dos padrões do cinema americano, mas fica para uma próxima.
O filme conta a história da jovem Amelie que vive com os pais que amam a rotina e coisas bobas como limpar a bolsa e colocar tudo de volta, repetidamente. Seu pai, que é médico, decidiu durante a infância da menina que ela não deveria ir à escola, pois durante os exames mensais o coração da menina estava sempre disparado. O que ele nunca suspeitou era que esse fato acontecia porque como eles não possuíam nenhuma proximidade ela sempre ficava nervosa durante os exames. Amelie cresceu e se tornou uma mulher muito presa ao próprio mundo que decide que deveria intervir na vida de várias pessoas, agindo como a "mão do destino". É um filme muito especial e eu recomendo a todos. Bom filme!

8 de junho de 2011

Consumismo

Se teve uma coisa que eu já esperava mas jamais pense que poderia ser tão forte é o consumismo nos EUA. Dentro dos parques e em lugares como o Wall-Mart tudo está a venda e por um preço irrisório.
Nos parques a mentalidade é a seguinte: invente todas as coisas possíveis com a temática de um brinquedo (desde camisetas e canecas até slides e miniaturas de tudo), não importa se é lógico, o que importa é o fato que quando saímos dos brinquedos e somos jogados na loja e somos inundados de coisas bonitinhas (e a maioria totalmente desnecessária) com a imagem do brinquedo a nossa adrenalina e endorfina estão no máximo e estamos mais suscetíveis a loucuras consumistas.
Já em locais como o Wall-Mart, que vende de pão e bolo até eletrônicos e itens para jardim, tudo é tão barato que é impossível parar a cabeça de fazer a conversão para o real e ver o absurdo que é a diferença. Por fatos como esse que no ano de 2010 o brasileiro gastou mais em Miami e em Orlando do que em todas as cidades brasileiras com o turismo. Algumas pessoas vão mais pelas compras e o passeio aos parques se torna uma consequência e até um descanso. A parte de eletrônicos (com computadores, Ipods, etc) foi onde eu senti a diferença mais brutal. Alguns itens você compra por menos da metade do preço do Brasil, é absurdo.
Deixando isso de lado um pouco, a realidade do americano é totalmente diferente da nossa. Mesmo estando acostumados com os preços esse fato torna tudo lá altamente descartável, em todas as esferas, principalmente na comida. Comida semi-pronta, que só precisa ir ao microondas ocupa um espaço considerável na parte alimentícia. Eu não consegui evitar imaginar a imensa parte que isso tem no aumento da taxa de obesidade de lá.
Antes da viagem eu sempre imaginei que o americano era obeso e consumista por pura preguiça e tudo mais mas depois da viagem eu me peguei pensando se por acaso a situação fosse inversa, o Brasil com as condições de lá, se a coisa seria muito diferente. É um caso a se pensar.

7 de junho de 2011

O sonho de uma vida

Oi gente, estou de volta! Eu fiquei esse tempo sem postar devido a minha viagem a Disney. Foi uma das melhores experiências da minha vida e também uma das mais aguardadas. Desde os 8 anos de idade fui induzida pela Disney Cruj (quem foi criança na década 90 sabe do que eu estou falando) a sonhar com o dia que eu iria voluntariamente para o Elevador Fantasma que tem uma queda de 30 metros. Depois de anos esperando meu sonho se tornou realidade nesse fatídico mês de Maio de 2011.
Espero que todos entendam porque hoje, o primeiro dia depois que cheguei, eu preciso falar sobre isso. Foi uma experiência tão diferente de tudo que já vivi... Eu fiquei sem pais por duas semanas, em um país estranho com outra moeda e outra língua. Foi uma sensação boa e ruim ao mesmo tempo de liberdade com saudade. Eu tive que me virar e não precisei dar satisfações a ninguém, só ligava a noite para avisar que ainda estava viva.
Para pessoas que vão pela primeira vez a Disney o normal é que um guia acompanhe e foi o que aconteceu comigo mas eu tive o melhor guia de todos: o meu namorado. Como ele já conhecia os brinquedos e me conhecia ele fez com que todas as experiências acontecessem na hora certa, no brinquedo certo. Ele foi o melhor companheiro de viagem que eu poderia pedir.
Os EUA é tudo que eu sempre esperei e soube: comida se resume a hambúrguer e frango frito, basicamente; o povo é distante e muito consumista e obeso; tudo é vendido a preço de banana e nos parques todos te amam(eles são pagos para isso); nenhuma dessas coisas tirou a magia que a Disney (que nesse ponto é melhor que a Universal) cria. Desde os brinquedos que só a música me arrepiava com as lembranças da infância até os shows de fogos e de iluminação no castelo da Cinderela. Tudo é mágico, quando dizem que você volta a ser criança não estão mentindo. Você vê gente de todas as idades brincando e se divertindo e acaba brincando junto.
Já na Universal os brinquedos são mais emocionantes, principalmente no Islands of Adventure, e é muito mais pensando em ser um parque mesmo com os melhores e mais loucos brinquedos, no que eles são completamente bem sucedidos.
Conheci pessoas maravilhosas no shuttle, no avião e nos parques onde nós (brasileiros) estamos dominando. Para cada família americana que conheci tiveram umas 4 brasileiras, é difícil acreditar mais é verdade. Parabéns ao L. que venceu a fama de fraco de carrossel e enfrentou as montanhas-russas, um grande coração para a E., coragem nas montanhas russas para a C. e a F. e tudo de bom para o M. e para a E. e ao filho deles que ficou lindo de Peter Pan.
Eu vou parando por aqui porque sei que se eu falar mais um pouco vou falar demais e estragar surpresas para pessoas que nunca foram. Recomendo a viagem para todos, é de mudar vidas, mudou a minha.