27 de março de 2010

Caso Isabella


O caso Isabella Nardoni foi um dos maiores casos de 2008. O Brasil inteiro ficou chocado com a possibilidade de que um pai teria jogado sua própria filha, de 5 anos de idade, da janela do sexto andar do prédio aonde moravam.
A perícia brasileira mostrou um trabalho muito bem feito e elaborado, como quando provou que as marcas da rede na camiseta usada pelo pai, Alexandre Nardoni, não poderiam aparecer se ele somente se colocasse para ver a menina já lá embaixo, somente em uma posição específica e com um peso minímo nos braços de 25kg e no uso de dois agentes para comprovar que era sangue humano no carro e não beterranas ou algo do tipo.
Mas o julgamento também expôs comportamentos inadequados em dois momentos diferentes.
Primeiramente, a delegada responsável pelo caso, Renata Helena da Silva Pontes, na hora de seu depoimento jamais deveria ter dito que “Tive 100% de certeza absoluta da autoria dos dois neste crime de homicídio”. Ela deveria ser imparcial, dizendo que as provas davam quase certeza dos culpados mas com essa declaração ela colocou todo o seu depoimento sob suspeita de ser tendencioso, já que ela poderia ter procurado e encaixado as provas para que eles fossem culpados, nem sequer vendo se poderia haver qualquer outra possibilidade.
Também houve falha no caso do juiz Maurício Fossen quando ele interrompeu os jurados no quarto voto favorável a condenação. Ele alegou que queria garantir o sigilo dos votos dos jurados. A partir do momento que um jurado entra no caso é seu dever dar seu voto. Além de não termos certeza da unanimidade do caso, ele passou seu limite quando impediu que os outros jurados desse seu veredicto.
Apesar de toda a comoção do público e do Brasil diante da condenação não devemos tirar da mente da possibilidade do recurso da defesa e que eles podem ganhar a liberdade.
Torçamos para que a justiça que foi feita se mantenha e que eles cumpram a pena por inteiro, pagando pelo crime que cometeram.

0 comentários: