21 de abril de 2011

Funk

Hoje eu vou falar de um assunto bem polêmico: o funk. Esse ritmo vem de muito antes do "pancadão" carioca, ele veio da música negra dos Estados Unidos e só depois dos anos 80 ele começou a ter as feições que nós tanto conhecemos.
O ritmo veio direto de Miami e era conhecido como Miami Bass. Só em 1989, quando os bailes (a Furacão2000 já estava presente) começaram a atrair um público maior é que começaram a criar os funks com letras em português.
No começo as letras retratavam a realidade de pessoas de baixa renda e falavam das dificuldades, da violência e das drogas e os mais famosos foram "Claudinho e Buchecha".
Nos anos 2000 o funk começou a ter as letras mais sensuais que, hoje em dia, são maioria com cantores como o MC Catra. A maioria dos cantores (que são conhecidos como MC) tem dançarinas com miniroupas ou então as mulheres-fruta, que são a sensação do momento. Mas existe também o outro lado, o de letras mais melosas e calminhas como as da cantora Perla, que são como qualquer balada romântica, só o ritmo que é do funk.
Eu fico pensando que, se o funk, por pior que possa parecer, é uma expressão do povo e que, se é parecido com a sua realidade, nós temos que rever se é essa realidade que queremos para todos. Com tanta violência, leviandade com o sexo (que pode explicar a alta taxa de gravidez na adolescência entre os mais carentes) e coisas do tipo. Quero muito ver letras mais leves, não necessariamente melosas, nesse ritmo que marcou tanto o Brasil a ponto de não me sentir desconfortável só de ouvir o ritmo, com medo de que letra essa música possa ter.

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